Deezer exclui 26 milhões de faixas de seu catálogo e lança novo modelo de receita na França
- Michele
- 24 abril 2024, quarta-feira
No final do ano passado, a Deezer anunciou a implementação de seu novo modelo de receita “Artist Centric”. O sistema está atualmente sendo implementado na França. Após as atualizações, a empresa decidiu excluir 26 milhões de músicas de seu catálogo.
Modelo de receita “Artist Centric” da Deezer: todas as atualizações relevantes
Não muito tempo atrás, informamos sobre O novo modelo “Artist Centric” da Deezer. Juntamente com o Universal Music Group, a plataforma de streaming decidiu atualizar o seu sistema de receitas “para recompensar melhor os artistas e, ao mesmo tempo, melhorar a experiência dos fãs”. Foi implementado pela primeira vez no final do ano passado e atualmente está sendo implementado na França.
Em um comunicado de imprensa oficial, as empresas anunciaram que pretendem “desenvolver um modelo econômico que reflita melhor o verdadeiro valor das relações entre artistas e fãs”. O novo sistema beneficia principalmente artistas profissionais com um mínimo de 1.000 transmissões mensais com um mínimo de 500 ouvintes únicos que agora recebem um “reforço duplo” em seus royalties. Ou seja, os streams de artistas que se enquadram nesta categoria serão contabilizados duas vezes. Além disso, se uma música foi pesquisada ativamente por um fã, em vez de tocada para ele com a ajuda de algoritmos, o aumento dobra novamente.
Para pagar seus artistas profissionais, o Deezer começou a desmonetizar todo o conteúdo que descreve como “uploads sem envolvimento significativo”. Como esse conteúdo se tornou bastante popular online, o objetivo da plataforma é garantir que a música não se afogue “num mar de barulho”. A atualização também contém um elemento centrado no usuário com um limite de monetização mensal de 1.000 streams por usuário individual. Em outubro de 2023, a Music Business Worldwide explicou que se um usuário reproduzir 2.000 streams em um mês, cada uma delas será contabilizada em 50%. Assim, todos os streams ainda são monetizados, mas a uma taxa menor. Dessa forma, a Deezer pode distribuir o dinheiro de forma mais justa entre os artistas, sem favorecer alguns músicos em detrimento de outros. O sistema também foi implementado para combater fraudes de streaming, que acontecem quando fraudadores lançam diversas contas para transmitir repetidamente a mesma música.
Deezer exclui 26 milhões de músicas
Após suas atualizações, a Deezer anunciou recentemente que excluiu 26 milhões (!) de músicas de seu catálogo. De acordo com MBW, a decisão impactou cerca de 13% de todas as músicas da plataforma. Entre os títulos excluídos estão faixas com ruído, álbuns monofaixa e faixas transmitidas zero vezes nos últimos 12 meses. Também removeu as músicas de “artistas falsos”. Embora não esteja claro o que isso significa exatamente, as exclusões parecem preocupar as pessoas que fazem música com IA.
Embora as recentes decisões da Deezer não sejam necessariamente desenvolvimentos negativos, a eliminação de músicas não transmitidas levanta preocupações, especialmente para novos artistas. A questão está na mensagem enviada pela empresa: faixas que fazem números são valiosas, faixas que não o fazem são desorganizadas. Isto pode ser desanimador para novos artistas que já estão lutando para atrair ouvintes. É importante lembrar que essas músicas não aparecem magicamente nas plataformas de streaming, pois os músicos precisam investir dinheiro para carregá-las por meio de distribuidoras de música. Considerando que músicas com 0 streams não custam mais aos serviços de streaming do que algum espaço em seus servidores, vale a pena questionar se as excluir é realmente necessário.
Pronto para divulgar sua música?
Distribua sua música para o maior número de plataformas de streaming e lojas do mundo.
